Sarah Kubitschek é o nome dado à rede hospitalar destinada, a reabilitação de vitimas de politraumatismos e problema locomotor. Criada em 1976, é uma entidade de serviço social autônomo, de direito privado e sem fins lucrativos. É mantida pelo governo federal, embora sua gestão faça-se pela Associação das Pioneiras Sociais.
Mesmo atendendo bem as necessidades dos usuários e se adaptando as inovações tecnológicas, o hospital Sarah de Brasília foi implantado em área relativamente pequena. Logo surge a necessidade de áreas verdes e espaços maiores para a prática de esportes e reabilitação física. Também não havia mais áreas disponíveis para a expansão das atividades de pesquisas direcionadas, particularmente para o campo da neurologia. A nova unidade foi implantada ao lado do lago norte, possibilitando a reabilitação física através da pratica de esportes náuticos e forte estrutura para pesquisa e treinamento. Em 1993 é inaugurado o CTRS (centro de tecnologia da rede Sarah), em Salvador.
1 - Ficha técnica do edifício
Edifício: Centro de Reabilitação do Hospital Sarah Kubitschek Brasília Lago Norte
Localização:
Brasília, Lago Norte
Tipo
de uso: Institucional
Área
do lote: 80.000 m²
Área
construída: 24.000m²
Número
de pavimentos: todos os edifícios são térreos. Existe um subsolo técnico que
liga todos os edifícios.
Projeto
arquitetônico: 1994
Início
das construções: 1999
Término
das construções: 20032 - Envolvidos no projeto
Arquiteto: João Filgueiras Lima (Lelé)
Superintendência:
Francisco A. Filho
Coordenação
administrativa: Walmir Gonzales Bulhon
Coordenação
técnica da obra: Adriana Filgueiras Lima
Coordenação
técnica de projetos: Ana Amélia Monteiro
Supervisão
de projetos e montagens: André Felipe, José Otávio Veiga e Louis Charles
Brioude
Técnicos:
Afonso Leite Gonçalves, Evanildo Silva, Geraldo Borges, Josenias dos Santos e
Rosevaldo Nascimento
Paisagismo:
Alda Rabello Cunha
Instalações:
Eustáquio Ribeiro e Kouzo Nishiguti
Obras
de arte: Athos Bulcão
Estrutura:
Roberto Vitorino
Pré-moldados:
Tomaz Bacelar
Conforto
térmico: George Raulino
Metalurgia
leve: Hurandy Matos
Metalurgia
pesada: Waldir Silveira Almeida
Moldes
e fibra de vidro: Joaquim Anacleto Dias e Laerte Girola
Marcenaria:
Jurandir Amorim
3 - O projeto
O centro de reabilitação projetado pelo arquiteto João Filgueiras Lima (Lelé) tem 24.000m² foi implantado em um terreno de 80.000m², com grandes áreas verdes e ao lado do lago norte, para desenvolvimento de terapias de reabilitação física e psicológica ao ar livre. Outras atividades desenvolvidas no centro são pesquisas no campo da neurologia, residência medica e palestras O terreno tem uma topografia acidentada, onde o nível mais baixo fica a 4,6m do lago. Foram criadas plataformas onde ficam os 3 principais edifícios, projetados de forma estratégica e ligados por rampas de acesso. No ponto mais alto fica o edifício destinado à residência médica e pesquisa.
No nível intermediário fica o centro de apoio a paralisia cerebral, com um diâmetro de 54m. O edifício no ponto mais baixo ao lado do lago foi destinado à implantação do anfiteatro, ginásio, internação e atividades físicas para reabilitação. O partido do projeto busca uma solução totalmente funcional, onde o arquiteto se inspira no movimento high-tech, com grandes preocupações com a industrialização, racionalidade dos métodos construtivos, conforto térmico e acústico e sustentabilidade.
O anteprojeto foi concebido em 1994 por Lelé, sob a responsabilidade da arquiteta Ana Amélia Monteiro. A sincronização da produção com a montagem foi liderada pela arquiteta Adriana Rabello Filgueiras Lima e as estruturas projetadas pelo engenheiro Roberto Vitorino, sobretudo naquelas destinadas aos grandes vãos do conjunto da fisioterapia, do Centro de Apoio à Paralisia Cerebral e do setor de esportes náuticos. O escritório do arquiteto e sua equipe ficavam no CTRS (centro de tecnologia da rede Sarah), o que facilitava a produção das peças pela facilidade de comunicação com os operários. A concepção do projeto arquitetônico acontece simultaneamente aos outros projetos. Logo após definir o croqui, Lelé já mandava esses estudos para os engenheiros de estruturas e mecânico, para compatibilização dos projetos complementares. Alguns detalhes construtivos eram desenhados na escala de 1:1, chegando a mais de 10.000 desenhos de detalhes. Lelé adota modulações de 1,25m, pois facilitava o assentamento dos pisos, como porcelanato e prensado melamínico.
Os projetos da rede Sarah, desenvolvidos por Lelé, tem como partido a racionalização e industrialização dos elementos construtivos, o conforto ambiental e térmico. A forma dos edificios é resultado da busca por iluminação natural e ventilação cruzada. As coberturas são em forma de sheds, que proporcionam essa iluminação natural indireta.
4 - Técnicas construtivas e materiais empregados
O sistema construtivo utilizado na edificação do conjunto se baseia no emprego, em grande escala, de componentes pré-fabricados (argamassa armada e aço) produzidos no Centro de Tecnologia da Rede Sarah, em Salvador, responsável pela construção e manutenção da rede de hospitais especializados no tratamento do aparelho locomotor. As peças pré-moldadas, de 2cm de espessura, foram transportadas em contêineres, montadas manualmente e fixadas por encaixe, pesando no máximo 100 kg. Com essa técnica, Lelé conseguiu criar volumes diversificados e esbeltos, que lembram, muitas vezes, os equipamentos de lazer de um clube ou de um parque temático.
A estrutura do edifício principal é constituída, em sua maior parte, de vigas e pilares metálicos, padronizados em chapas de aço de alta resistência a corrosão (SAC 50). O vigamento duplo está apoiado em pilares de sessão circular, e vence vãos de até 13m. Essa estrutura também recebe a carga de treliças metálicas, que constituem o arcabouço dos sheds da cobertura em telhas onduladas pré-pintadas. Os forros metálicos, revestidos com geotêxtil para isolamento, são fixados na parte inferior das treliças, formando com as telhas colchões de ar ventilados, que completam o sistema de isolamento térmico e acústico das coberturas. Completando a cobertura, tem se a captação de águas pluviais feita através de calhas metálicas, instaladas no interior do vigamento duplo.
O ginásio infantil, por sua vez, é composto por arcos metálicos que se apoiam num anel central, também metálico. A cobertura é feita de policarbonato transparente, o que permite a entrada de luz natural e arrematada por uma cúpula de fibra de vidro. Os painéis de fechamento foram produzidos também em aço galvanizado, sob medida e de desenho geométrico.
As galerias em argamassa armada e as canaletas metálicas abrigam os sistemas de infraestrutura hidráulica, sanitária e de escoamento de água pluvial. A estrutura da marquise é constituída de vigamento metálico em vigas tubulares de seção quadrada.
Nas áreas internas, de alto tráfego, como o ginásio de reabilitação e hidroterapia para adultos, o piso recebeu placas de porcelanato da Eliane, de 50 cm x 50 cm, na cor bege com grânulos de tonalidade marrom ou vermelha. No ginásio de reabilitação infantil (escolinha), o piso é de granilite. Na cobertura foram usadas telhas metálicas pré-pintadas. Os painéis de Athos Bulcão delimitam os ambientes. As galerias em argamassa armada e as canaletas metálicas abrigam os sistemas de infra-estrutura hidráulico, sanitário e de escoamento de água pluvial. A estrutura da marquise é constituída de vigamento metálico em vigas tubulares de seção quadrada.
Implantação - 1. Res. médica; 2. Centro de pesquisa; 3. Centro de estudos; 4. Escolinha; 5. Playground; 6. Anfiteatro/palco flutuante; 7. Ginásio; 8. Esportes aquáticos; 9. internação; 10. serviço; 11. Pátio serviço
Planta - 1. pátio de serviço; 4. bioengenharia; 10. chefia; 13. enfermagem; 22. refeitório; 39. auditório / palco flutuante; 40. quadra; 42. esportes aquáticos; 44. convivência
Planta - Residência médica, Centro de pesquisa, Centro de estudos
Planta - 1. casa de bombas; 2. copa; 3. limpeza; 4. sanitário; 5. consultório; 6. reuniões; 7. avaliação; 8. diretoria; 9. recepção; 10. estimulação; 11. ginásio; 12. refeitório
Subsolo
Cortes
O centro de reabilitação projetado pelo arquiteto João Filgueiras Lima (Lelé) tem 24.000m² foi implantado em um terreno de 80.000m², com grandes áreas verdes e ao lado do lago norte, para desenvolvimento de terapias de reabilitação física e psicológica ao ar livre. Outras atividades desenvolvidas no centro são pesquisas no campo da neurologia, residência medica e palestras O terreno tem uma topografia acidentada, onde o nível mais baixo fica a 4,6m do lago. Foram criadas plataformas onde ficam os 3 principais edifícios, projetados de forma estratégica e ligados por rampas de acesso. No ponto mais alto fica o edifício destinado à residência médica e pesquisa.
No nível intermediário fica o centro de apoio a paralisia cerebral, com um diâmetro de 54m. O edifício no ponto mais baixo ao lado do lago foi destinado à implantação do anfiteatro, ginásio, internação e atividades físicas para reabilitação. O partido do projeto busca uma solução totalmente funcional, onde o arquiteto se inspira no movimento high-tech, com grandes preocupações com a industrialização, racionalidade dos métodos construtivos, conforto térmico e acústico e sustentabilidade.
O anteprojeto foi concebido em 1994 por Lelé, sob a responsabilidade da arquiteta Ana Amélia Monteiro. A sincronização da produção com a montagem foi liderada pela arquiteta Adriana Rabello Filgueiras Lima e as estruturas projetadas pelo engenheiro Roberto Vitorino, sobretudo naquelas destinadas aos grandes vãos do conjunto da fisioterapia, do Centro de Apoio à Paralisia Cerebral e do setor de esportes náuticos. O escritório do arquiteto e sua equipe ficavam no CTRS (centro de tecnologia da rede Sarah), o que facilitava a produção das peças pela facilidade de comunicação com os operários. A concepção do projeto arquitetônico acontece simultaneamente aos outros projetos. Logo após definir o croqui, Lelé já mandava esses estudos para os engenheiros de estruturas e mecânico, para compatibilização dos projetos complementares. Alguns detalhes construtivos eram desenhados na escala de 1:1, chegando a mais de 10.000 desenhos de detalhes. Lelé adota modulações de 1,25m, pois facilitava o assentamento dos pisos, como porcelanato e prensado melamínico.
Os projetos da rede Sarah, desenvolvidos por Lelé, tem como partido a racionalização e industrialização dos elementos construtivos, o conforto ambiental e térmico. A forma dos edificios é resultado da busca por iluminação natural e ventilação cruzada. As coberturas são em forma de sheds, que proporcionam essa iluminação natural indireta.
4 - Técnicas construtivas e materiais empregados
O sistema construtivo utilizado na edificação do conjunto se baseia no emprego, em grande escala, de componentes pré-fabricados (argamassa armada e aço) produzidos no Centro de Tecnologia da Rede Sarah, em Salvador, responsável pela construção e manutenção da rede de hospitais especializados no tratamento do aparelho locomotor. As peças pré-moldadas, de 2cm de espessura, foram transportadas em contêineres, montadas manualmente e fixadas por encaixe, pesando no máximo 100 kg. Com essa técnica, Lelé conseguiu criar volumes diversificados e esbeltos, que lembram, muitas vezes, os equipamentos de lazer de um clube ou de um parque temático.
A estrutura do edifício principal é constituída, em sua maior parte, de vigas e pilares metálicos, padronizados em chapas de aço de alta resistência a corrosão (SAC 50). O vigamento duplo está apoiado em pilares de sessão circular, e vence vãos de até 13m. Essa estrutura também recebe a carga de treliças metálicas, que constituem o arcabouço dos sheds da cobertura em telhas onduladas pré-pintadas. Os forros metálicos, revestidos com geotêxtil para isolamento, são fixados na parte inferior das treliças, formando com as telhas colchões de ar ventilados, que completam o sistema de isolamento térmico e acústico das coberturas. Completando a cobertura, tem se a captação de águas pluviais feita através de calhas metálicas, instaladas no interior do vigamento duplo.
O ginásio infantil, por sua vez, é composto por arcos metálicos que se apoiam num anel central, também metálico. A cobertura é feita de policarbonato transparente, o que permite a entrada de luz natural e arrematada por uma cúpula de fibra de vidro. Os painéis de fechamento foram produzidos também em aço galvanizado, sob medida e de desenho geométrico.
As galerias em argamassa armada e as canaletas metálicas abrigam os sistemas de infraestrutura hidráulica, sanitária e de escoamento de água pluvial. A estrutura da marquise é constituída de vigamento metálico em vigas tubulares de seção quadrada.
Nas áreas internas, de alto tráfego, como o ginásio de reabilitação e hidroterapia para adultos, o piso recebeu placas de porcelanato da Eliane, de 50 cm x 50 cm, na cor bege com grânulos de tonalidade marrom ou vermelha. No ginásio de reabilitação infantil (escolinha), o piso é de granilite. Na cobertura foram usadas telhas metálicas pré-pintadas. Os painéis de Athos Bulcão delimitam os ambientes. As galerias em argamassa armada e as canaletas metálicas abrigam os sistemas de infra-estrutura hidráulico, sanitário e de escoamento de água pluvial. A estrutura da marquise é constituída de vigamento metálico em vigas tubulares de seção quadrada.
Implantação - 1. Res. médica; 2. Centro de pesquisa; 3. Centro de estudos; 4. Escolinha; 5. Playground; 6. Anfiteatro/palco flutuante; 7. Ginásio; 8. Esportes aquáticos; 9. internação; 10. serviço; 11. Pátio serviço
Planta - 1. pátio de serviço; 4. bioengenharia; 10. chefia; 13. enfermagem; 22. refeitório; 39. auditório / palco flutuante; 40. quadra; 42. esportes aquáticos; 44. convivência
Planta - Residência médica, Centro de pesquisa, Centro de estudos
Planta - 1. casa de bombas; 2. copa; 3. limpeza; 4. sanitário; 5. consultório; 6. reuniões; 7. avaliação; 8. diretoria; 9. recepção; 10. estimulação; 11. ginásio; 12. refeitório
Subsolo
Cortes
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ResponderExcluirIncrível, estava pesquisando e fiquei surpreso com esta maravilha, pois achava que só havia um Hospital Sarah em Brasília, fiquei impressionado com a estrutura e as formas esportivas de tratamentos
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