A norma de acessibilidade NBR 9050 propõe algumas soluções de rebaixamentos de calçadas para trânsito de pessoas que se locomovem com auxílio de dispositivos com rodas e/ou apoios. Segue abaixo uma análise dos mesmos.
Rebaixamento
A
O rebaixamento A
apresenta abas laterais que facilitam a entrada e saída do cadeirante na rampa,
possibilitando uma área de manobra maior, sem interferir na circulação do
passeio. O início da rampa alinha-se ao início da faixa de travessia, obrigando
uma das abas a ficar fora da mesma, possibilitando a espera e passagem de
pedestres na área de faixa. Entretanto esta é uma solução que demanda o dobro
de espaço em relação a uma rampa sem abas laterais, o que pode ocasionar a
falta de espaço para travessia de pedestres em direções opostas, resultando na
formação de gargalo, e dificultar a implantação da mesma em uma situação de
espaço reduzido.
Rebaixamento
B
O rebaixamento B
apresenta uma rampa com a mesma dimensão da faixa de travessia, tendo o seu
início e fim alinhados com a faixa, o que permite grande área de manobra para o
cadeirante e permite também que o mesmo se posicione em qualquer ponto da
rampa. Dessa forma o tráfego de pedestres não fica congestionado. A instalação
de corrimãos nas laterais auxilia na descida e subida e eventualmente evitar a
ocorrência de acidentes. Entretanto a instalação de corrimãos e jardineiras nas
laterais das rampas cria uma área de vácuo na calçada, dificultando o acesso e
a entrada do cadeirante na área de circulação do passeio.
Rebaixamento
C
O rebaixamento C se
utiliza da área de esquina do passeio, integrando duas faixas de travessia em
uma única rampa. Novamente o uso de abas laterais possibilita uma área de
manobra maior, facilitando o acesso e à rampa e o acesso de volta à área de
circulação do passeio. Essa solução não permite a instalação de corrimão e pode
causar falta de espaço para travessia de pedestres em direções opostas, quando
houver médio e alto fluxo de pedestres, resultando na formação de gargalo,
diminuindo a velocidade da travessia, aumentando o risco de acidentes.
Rebaixamento D
O rebaixamento D é
feito por rampas laterais, plataforma principal e rampa lateral, alinhando-se
ao início da faixa de travessia e terminando pouco antes do fim da mesma,
resultando em uma pequena área de espera para pedestres. O uso de uma
plataforma principal permite ao cadeirante a espera em solo horizontal sem
declividade, proporcionando maior conforto, mas ocupando toda a área de
circulação do passeio. O acesso por rampas laterais ao invés de abas dificulta
a manobra podendo resultar em acidente.
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