domingo, 17 de agosto de 2014

Acessibilidade - Rampas

Ninguém nunca espera passar por uma situação onde elementos acessíveis precisem entrar em cena. Entretanto todos estão sujeitos a passar, em algum momento da vida, por situações onde a acessibilidade se faça necessária.
Por definição, “acessibilidade” são a possibilidade e condição de alcance, percepção entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos. Logo, o termo “acessível” é aplicado a espaços, edificações, mobiliário, equipamentos urbanos e elementos que possam ser alcançados, acionados, utilizados e vivenciados por qualquer pessoa, inclusive aquelas com mobilidade reduzida.
Outros termos muito usados também quando se fala em acessibilidade são “adaptado” e “adequado”.  Podem parecer bem semelhantes, mas na prática podem ser completamente diferentes. Um ambiente adaptado, por exemplo, com mobiliário e equipamentos com características específicas para atender certo tipo de necessidade, pode não ser necessariamente adequado.
Um ambiente adequado, por sua vez, é aquele que combina elementos originalmente planejados para serem acessíveis com o espaço existente.
Quando uma pessoa que levava uma vida normal passa a ser portadora de necessidades especiais, muitas preocupações vêm à mente como: vou ter que me mudar para uma casa adaptada? Vou ter que fazer grandes reformas em minha casa? Na maioria dos casos a resposta é não. Basta apenas uma pequena compreensão de como o espaço à sua volta vai funcionar.
O primeiro ponto a se observar é a circulação. Em uma casa onde haja pequenos desníveis, a rampa é uma boa solução para vencer degraus. Para calcular a inclinação e o comprimento de uma rampa basta seguir uma equação bem simples: 
i = h x 100
c

 i é a inclinação em porcentagem, h a altura e c o comprimento 

Recomenda-se pela norma 9050 declividade de até 8%. Em palavras mais simples, para cada metro que se tenha que subir são necessários 12,5 metros de rampa. 


imagem: Marta P. Lima


Disposição dos patamares em rampas segundo a sua declividade:
Com base na tabela de dimensionamento de rampas da NBR9050, e na fórmula de cálculo de declividade, determina-se:
a)     Até 3%
Para rampas de até 3% de inclinação, cada segmento de rampa não deve ultrapassar 1,5 m de desnível, logo o projeto deve prever patamar no máximo a cada 50 m de percurso, sendo ilimitado o número de segmentos.
b)     De 3 a 5%
Para rampas de até 5% de inclinação, cada segmento de rampa não deve ultrapassar 1,5 m de desnível, logo o projeto deve prever patamar no máximo a cada 30 m de percurso, sendo ilimitado o número de segmentos.
c)     Superiores a 5%
Para inclinação de 6,25% de inclinação, cada segmento de rampa não deve ultrapassar 1,0 m de desnível, logo o projeto deve prever patamar no máximo a cada 16 m. Para inclinação 8,33% (inclinação máxima de rampas para dispositivos com rodas de tração manual), o projeto deve prever patamar no máximo a cada 9,6 m de percurso, sendo limitado a 15 o número máximo de segmentos.
Em casos excepcionais, quando esgotadas as possibilidades de solução que atendam à regra de declividade máxima em 8,33%, admite-se a utilização de declividade de 10%, não ultrapassando o desnível máximo de 0,20 m, com patamares no máximo a cada 2 m, sendo limitado a 4 o número máximo de segmentos. A declividade máxima para casos excepcionais é de 12,5%, não ultrapassando o desnível máximo de 0,075 m, com patamares no máximo a cada 0,6 m, sendo limitado a 1 o número máximo de segmentos.

Observação: Patamares devem ser previstos no início e no término de uma rampa, independendo de sua declividade, com dimensão longitudinal mínima recomendável de 1,5 m, sendo a dimensão mínima admissível de 1,2 m. A dimensão dos mesmos não deve ser subtraída da dimensão adjacente. 

 Tabela 1 - NBR 9050

Áreas de descanso devem ser previstas nos seguimentos de rampa pelo menos a cada 10 metros.



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